sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
domingo, 15 de novembro de 2009
10 regras para criar filhos delinquentes
- Comecem cedo a dar ao vosso filho tudo o que ele quer. Assim, ele convencen-se-á, quando crescer, que o mundo tem obrigação de satisfazer todos os seus caprichos.
- Se, enquanto pequeno, o vosso filho utilizar expressões grosseiras, achem-lhe graça. Isso fará com que ele se convença de que é espirituoso e levá-lo-á a refinar a sua linguagem ordinária.
- Não lhes dêem educação religiosa nem lhes incutam princípios morais. Esperem pela sua maioridade para que o vosso filho, feitos os 18 anos, faça pessoalmente a sua escolha.
- Evitem recriminá-lo para que o vosso filho não crie um complexo de culpa. Estes complexos, como toda a gente sabe, não deixam que se desenvolva a sua personalidade.
- Façam sempre tudo aquilo aquilo que o vosso filho devia fazer: arrumem as suas coisas e apanhem o que ele deitar para o chão. Desta maneira habituar-se-á a empurrar para os outros as suas responsabilidades.
- Deixem que o vosso filho leia tudo o que lhe caia nas mãos. Tenham o maior cuidado em esterilizar os talheres, os pratos e copos, deixando que o seu espírito se nutra de imundices.
- Discutam e zanguem-se em frente do vosso filho. É muito útil para que ele se convença que a família é uma instituição nociva e que não deve qualquer respeito a seus pais.
- Dêem-lhe todo o dinheiro que o vosso filho quiser. Evitem que ele o ganhe com o seu trabalho ou através do seu comportamento. Tem tempo. Deixem-no ser feliz enquanto é jovem.
- Satisfaçam todas as suas exigências ou caprichos no que se refere à alimentaçao, vestuário e conforto, a fim de que o vosso filho não posso nunca sentir-se frustrado. As frustações, como por todos é sabido, não deixam que a personalidade se revele e tornam as pessoas muito infelizes.
- Defendam sempre o vosso filho! Contra os seus amigos, os vizinhos, os colegas, os professores e mesmo - principalmente - contra a polícia. É tudo gente desprezível que mais não pretende do que imbirrar com ele.
(Adaptação do folheto da polícia de Houston, Texas)
sábado, 14 de novembro de 2009
A leitura
- Pensa no que já sabe sobre o assunto.
- Conhece o objectivo da leitura.
- Quer começar a ler porque está motivado e interessado.
- Tem uma noção geral de como as ideias estão organizadas.
Durante a leitura
- Presta simultaneamente atenção às palavras e ao seu significado.
- Lê fluentemente.
- Concentra-se na leitura.
- Não tem medo de arriscar perante palavras difíceis e revela capacidade de lidar com a ambiguidade do texto.
- Elabora estratégias eficazes para monitorizar a compreensão.
- Pára para usar estratégias de remediação quando não compreende o que está a ler.
- Usa cada vez com mais facilidade as competências de leitura.
Depois da leitura
- Compreeende como a informação junta faz sentido
- É capaz de identificar o mais importante.
- Mostra-se interessado em ler mais.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Dia de S. Martinho
Encontrei uma lenda de S. Martinho elaborada por alunos de uma escola de Braga com ilustrações como só as crianças sabem fazer.
Aqui fica...
domingo, 8 de novembro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo: Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.
Mário Quintana
sábado, 17 de outubro de 2009
sábado, 12 de setembro de 2009
Desafio
A Importância da Consciência Fonológica
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Há livros que são uma ternura!
Na Sociedade em que vivemos na qual as futilidades ocupam o lugar da verdadeira amizade e o rancor silencia a palavra desculpa, é importante que tenhamos a sensibilidade de ensinar aos nossos alunos alguns valores que, infelizmente, se vão perdendo.
É que esta preciosa palavra, que dá o título a este livro, parece já não fazer parte do Dicionário de Língua Portuguesa...
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Teste: que livro você é?
Cá fica o link e o curioso resultado do meu teste.
http://educarparacrescer.abril.com.br/
"O alquimista", de Paulo Coelho
Há alguém no seu bairro, na sua empresa ou mesmo na região que não te conheça? Bem, podem não te conhecer pessoalmente, mas já ouviram falar de você com certeza. Popular e carismático, você está para as pessoas ao seu redor o que os best-sellers estão para os leitores: todo mundo conhece, a maioria gosta e/ou admira, mas alguns torcem o nariz devido ao seu excesso de popularidade, ou, é preciso dizer, de superficialidade mesmo. Afinal, essa personalidade que agrada a todos pode ter um quê de falta de personalidade, não é não? Bem, de toda forma, você não se importa com isso. O que importa é compartilhar a sua experiência de vida – mística ou não – e atrair admiradores."O alquimista" (1988) é, possivelmente, a mais conhecida das obras de Paulo Coelho, o mago das vendas em livrarias brasileiras e internacionais. Fenômeno de popularidade, já vendeu quase 38 milhões de cópias em todo o mundo e foi publicado em cerca de 140 países. E, claro, ocupa a cabeceira de muita gente em busca de autoconhecimento e entretenimento esotérico.
"Antologia poética", de Carlos Drummond de Andrade
"O primeiro amor passou / O segundo amor passou / O terceiro amor passou / Mas o coração continua". Estes versos tocam você, pois você também observa a vida poeticamente. E não são só os sentimentos que te inspiram. Pequenas experiências do cotidiano – aquela moça que passa correndo com o buquê de flores, o vizinho que cantarola ao buscar o jornal na porta – emocionam você. Seu olhar é doce, mas também perspicaz. "Antologia poética" (1962), de Drummond, um dos nossos grandes poetas, também reúne essas qualidades. Seus poemas são singelos e sagazes ao mesmo tempo, provando que não é preciso ser duro para entender as sutilezas do cotidiano.
Moderninha e solteira, ou radiante de véu e grinalda? Eis a questão da jovem (ou nem tão jovem) mulher profissional, cosmopolita e, apesar de tudo, muito romântica. Eis a sua questão! Confesse: quantas horas semanais você gasta conversando sobre encontros e desencontros sentimentais com as suas amigas? Aliás, conversando não. Analisando, destrinchando... Mas isso não quer dizer que você só questione a existência de príncipe encantado, não. A vida adulta hoje não está fácil para ninguém, como bem mostram as 100 crônicas de "Doidas e Santas" (2008), que retratam os sabores e dissabores da vida sentimental e prática nas grandes cidades.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Por terras Alentejanas
domingo, 9 de agosto de 2009
domingo, 26 de julho de 2009
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Observe, pense e reflicta...
domingo, 12 de julho de 2009
Dois livros bem interessantes
Da editora Everest e com ilustrações de Catarina Cardoso, aqui está um livro que me fez recordar os meus tempos de menina pois é composto por textos populares da nossa tradição oral, textos esses que por vezes caem um pouco no esquecimento. Quem não se lembra...
Vozes do Alfabeto, de João Pedro Mésseder, reúne cerca de três dezenas de poemas. São versos preferencialmente destinados a crianças em fases iniciais de aprendizagem da leitura e da escrita, ou seja, em idade de frequentar o 1º ciclo do Ensino Básico. A cada letra corresponde um texto, por vezes dois. Se aqui o poema se assemelha a uma micro-história em verso, acolá encena um pequeno episódio burlesco; e outros há que se mantêm num registo lírico. Organizados de acordo com a ordem das letras no alfabeto (primeiro o poema centrado no A, depois no B, depois no C, e assim sucessivamente), inspiram-se no trava-línguas da tradição oral. Deste modo, a simplicidade da linguagem, ao alcance da capacidade de compreensão da criança, vê-se literariamente compensada pelo recurso à aliteração, à assonância, à anáfora, ao jogo linguístico e a outros elementos expressivos. Rimados e ritmados, facilmente memorizáveis, os textos permitem, se lidos em voz alta, activar a atenção auditiva e concorrem para o desenvolvimento da consciência fonológica, sem nunca abdicarem da dimensão lúdica e do humor que são traços distintivos deste livro, profusamente ilustrado com imagens de assinalável qualidade..
Aqui ficam alguns exemplos.
Rói o rato a raiva de
não poder roer a rolha,
pois tem os dentes furados
de roer os rebuçados
do rei e da rainha da Rússia.
Cacto casa cana e corte
cume cone e cadeirinha
comichão e canivete
carapau e carapinha.
sábado, 11 de julho de 2009
A brincar também se aprende
Outro abecedário engraçado em que a criança poderá alargar o seu vocabulário e sugerir outras palavras que se iniciem com as letras do nosso alfabeto.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Ainda sobre o Plenário Regional Pnep
segunda-feira, 6 de julho de 2009
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sábado, 4 de julho de 2009
quinta-feira, 2 de julho de 2009
terça-feira, 30 de junho de 2009
Plenário Regional PNEP
Inês Sim-Sim
Doutora em Educação (1983) pela Universidade de Boston, Inês Sim-Sim é desde 1985 professora coordenadora da Escola Superior de Educação de Lisboa, tendo integrado a 1º Comissão Instaladora dessa instituição. Dirigiu o Instituto de António Aurélio da Costa Ferreira (1985-1989), e entre 1998 e 2002, o Instituto de Educação da Universidade Católica Portuguesa. É actualmente Presidente do Conselho Científico da Escola Superior de Educação de Lisboa. Com experiência de docência nos ensinos básico, médio e superior, foi bolseira de diversas instituições nacionais e estrangeiras, tendo desenvolvido actividades de assessoria e consultadoria, nomeadamente no acompanhamento e avaliação de cursos, de planos de formação e de projectos de investigação no domínio da educação e da psicologia. Com uma larga experiência na formação de professores e de coordenação de cursos de mestrado e de especialização, dirigiu e participou em projectos de investigação de âmbito nacional e internacional, nas áreas do desenvolvimento da linguagem e da aprendizagem da leitura, domínios onde se inserem a maior parte das publicações por si produzidas.
domingo, 28 de junho de 2009
Brinquedo
Foi um sonho que tive:
Era uma grande estrela de papel,
Um cordel
E um menino de bibe.
O menino tinha lançado a estrela
Com ar de quem semeia uma ilusão;
E a estrela ía subindo, azul e amarela,
Presa pelo cordel à sua mão.
Mas tão alto subiu
Que deixou de ser estrela de papel,
E o menino ao vê- la assim, sorriu
E cortou- lhe o cordel.
Miguel Torga
Eu Tive um Sonho Sonhei a Paz
branco como a Paz
Era um sonho d´ouro
d´ouro como a luz.
Era um sonho imenso
qu´envolvia todos os espaços.
Era um sonho vivo
feito de mãos dadas e de abraços.
E li no meu sonho
A palavra Esperança
Ouvi no meu sonho
Risos de Criança.
E era a Verdade
A única lei da nossa voz;
E era a Amizade
A regra de vida entre nós.
E os que acreditaram
Quando eram meninos
No poder das fadas
Traçando os destinos,
Sabem que este sonho
Não está nas varinhas de condão
Sabem que este sonho
Começa no nosso coração
Solidariedade esquecida no tempo
Há adultos que têm muito que aprender com estas crianças.
Isto já não existe, infelizmente.
terça-feira, 16 de junho de 2009
domingo, 14 de junho de 2009
Os Bons Momentos Não Se Esquecem
Um beijo especial para a nossa formadora Margarida Santos e à Drª Milola, duas mulheres de fibra com quem muito aprendi!
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Semana do Agrupamento José Sanches de Alcains
- PNEP - projecção e exposição de trabalhos;
- Departamento do Ensino Especial - Acções de esclarecimento relaciondas com a inclusão da criança com NEE; situações lúdicas de simulação de incapacidades;
- Departamento do Pré-escolar - Palestra «A preservação do meio ambiente», exposição de mascotes, feira de artesanato;
- Departamento 1º Ciclo - exposição de trabalhos, jogo de pistas, festa de finalistas;
- Departamento do 2º Ciclo - exposição de trabalhos, feira de artesanato;
- Biblioteca Escolar - maratona de contos, palestra sobre litetratura juvenil;
- Grupo de Português - Palestra sobre o Património Literário Oral de Alcains;
- Grupo de Inglês - desfile de chapéus;
- Grupo de Francês - Exibição de filmes franceses: Paris, je t’aime ; Le fabuleux Destin d’Amélie Poulain; Astérix et Cléopâtre, confecção de crepes, divulgação de música francesa, jogo da «Pétanque»;
- Grupo de espanhol - exibição de filmes espanhóis;
- Grupo de Ciências - “Laboratório Aberto”Activ. Práticas/experimentais de Biologia
e Geologia. - Grupo de Físico- química - Simulador gráfico de física, robótica, experiências lúdicas;
- Grupo de Informática - Divulgação dos conteúdos dos cursos, montagem de computadores, exposição de computadores, exposição de fotografias alusivas às Visitas de Estudo;
- Grupo de Filosofia - Apresentação de trabalhos variados (Ex. pintores, Darwin, …),
visionamento do filme “O meu tio da América” seguido de debate. - Grupo de Matemática - Jogos matemáticos;
- Grupo de Educação Musical - Teatro Musical;
Haverá ainda:
- Festa dos alunos do 2º Ciclo;
- Teatro «O Segredo do Rio», pelos alunos da EB1 de Tinalhas;
- Torneio de Xadrez;
- Corrida de carrinhos solares;
- Torneio de ténis de mesa;
Para toda a comunidade escolar:
- Prova de ciclismo/Gincana
- Jogo do galo
- Cavalhadas
- Tiro ao alvo
- Prova de atletismo
- Venda de manjericos
- Colocação da flor
- Quermesse
- Noite: Arraial dos Santos Populares com espectáculo cultural e recreativo,
- Actuação do conjunto “Diz e Tal”,
-Desfile de “Ascot Hats”
- Entrega de prémios do Concurso de Poesia (Grupo Português)
-Dança das virgens (Lousa)
- Sorteio das rifas
-Restaurante
No último dia, 20 de Junho
Dia alusivo à festa das Papas de Alcains
9:00 -Torneio de Malha
16:00 – Confecção das papas no recinto escolar.
– Animação cultural :
- Bombos de Alcains.
-Actuação do rancho Folclórico do Lar Major Rato
-Actuação da Tuna da UBI
-Actuação do rancho folclórico juvenil da Lardosa
À comissão organizadora, desde já, os meus parabéns!
Não hesite! Venha até Alcains, certamente irá divertir-se.
Reflexão Tutoria XII
«Aprender, aprender a aprender, reflectir, pensar, aprender a pensar e a reflectir, conhecer e avaliar os processos do próprio pensamento é realmente adquirir e construir conhecimento a partir do já conhecido ou do ainda por descobrir e conhecer», Tavares (1992).
É com esta afirmação que quero iniciar a minha reflexão da temática Unidade Didáctica. De facto, aprender a aprender não é tarefa fácil e reflectir, muito menos. À medida que fui implementando esta última planificação constatei que houve nos meus alunos um progresso. É real que conseguimos com os nossos alunos progressos, mas é necessário que reflictamos sobre eles. Ao longo desta unidade os alunos foram construindo saberes, partiram do já conhecido, descobriram, alargaram os seus conhecimentos e quiseram saber mais. Foi notória a motivação dos alunos. Segundo Herbert (1997) «They learn by watching, discovering, telling, investigating, questioning and so on». A aprendizagem mobiliza, de facto, um conjunto de descobertas, investigações, perguntas, questões. Cabe ao professor motivar os seus alunos, mas essencialmente motivar-se a si próprio. Aquele que não tem apetência por saber mais, também não consegue despertar nos seus alunos o prazer de aprender. Das leituras que tenho vindo a fazer há uma expressão de Develay (1996) que me despertou a atenção e da qual eu gostei particularmente: «Pour savoir, il faut avoir envie d’apprendre».
Foi isso que eu senti nos meus alunos… um desejo de saber, um desejo de querer aprender. Pena que chegou ao fim!
Raquel do Carmo
09/06/09
Tutoria XII
Antes da leitura
- Visualização de um filme da Arca de Noé.
- Pintura de um desenho da Arca de Noé.
- Ficha de leitura do livro A Arca de Não É.
- Formulação de hipóteses sobre as personagens da história.
Durante a leitura
Depois da leitura
- Exploração Oral da história.
- Confirmação das hipóteses dos alunos. Com registo das características principais de cada animal.
- Procurar na história ou sugerir adjectivos, que caracterizem cada animal, registo numa ficha informativa.
- Formação de novas palavras, partindo de uma raiz comum.
- Pesquisa na Internet acerca de alguns animais – registo num mapa.
- Elaboração de um pré-texto, sobre um animal imaginado, com o preenchimento de um mapa semântico – trabalho de grupo.
- Escrita do texto e sua revisão colectiva.
Oficina Temática XII
Oficina Temática 12
SUMÁRIO EXECUTIVO:
20/05/09
1 Debate plenário temático – A Unidade Didáctica como estratégia de ensino da Língua
1.1. O que o professor deve saber:
1.1.1. O processo de construção de unidades didácticas integradas para o ensino da língua.
1.2. O que o aluno deve saber:
1.2.1. Execução de tarefas de aprendizagem, de acordo com os diferentes planos do programa, integradas em unidades didácticas,
2.Reflexão grupal e análise participada: Proposta de construção de uma unidade didáctica integrada para o ensino e aprendizagem da língua no 1º Ciclo, a partir da obra de Miguel Neto, “ A Arca de Não É ou o guia dos animais que poderiam ter existido”.
domingo, 31 de maio de 2009
Junho: Mês dos Santos Populares
Reflexão Tutoria XI
O Ciclo de Escrita
Ao longo desta formação PNEP fui-me dando conta que tudo aquilo que coloquei em prática, até hoje, me enriqueceu o espírito, o conhecimento e que, acima de tudo, também os meus alunos ficaram a ganhar.
Não tem sido tarefa fácil dado que os alunos com os quais trabalho frequentam já um sexto ano de escolaridade e, tratando-se de uma turma de Percurso Curricular Alternativo, têm características diferentes. As dificuldades ao nível da escrita e do vocabulário são mais que muitas, mas juntos temos vindo a crescer e a colocar em prática diversas actividades que nos têm enriquecido.
Desenvolver com os alunos o Ciclo da Escrita é, sem dúvida, muito importante. Agora que também eu percebi o que o Ciclo da Escrita implica (sim, porque ninguém nasce ensinado e ainda bem que há pessoas que nos ensinam estas coisas!) é minha opinião que, no caso específico da minha turma, e em anos de escolaridade mais avançados, teria sido muito vantajoso se o tivéssemos aprendido logo no início do ano lectivo. Mas, como nunca é tarde, e como ainda tenho muito que aprender e ensinar, no ano lectivo que se segue colocarei esta e outras ideias em prática logo no começo.
Segundo Reuter (1996) «são os alunos que constroem activamente saberes e competências» e «esta construção assenta em competências, representações e saberes anteriores». Assim sendo, o ponto de partida do professor deverá ser o conhecimento prévio que o aluno tem sobre determinado assunto. Partindo desse conhecimento cabe ao professor suscitar no aluno a apetência por querer saber sempre mais facultando-lhe mais informação sobre o assunto e ajudando-o a organizá-la.
Para Simard (1990) a escrita constitui «um maravilhoso meio de expressão, de comunicação, de reflexão e de criação». Também Maria de Lourdes Sousa (1997) reconhece que, numa sociedade cada vez mais dependente de várias formas de comunicação, a incapacidade de manipular as várias formas de discurso escrito pode levar a grandes desvantagens num processo de plena integração social. Ora, todos nós sabemos da importância da correcta utilização do nosso código linguístico, nomeadamente da escrita, e das suas implicações no contributo para o sucesso escolar dos nossos alunos em todas as disciplinas. Para que os nossos alunos desenvolvam as suas competências de escrita é fundamental que escrevam textos sobre aquilo que conhecem, que vivenciam, que experimentam. E se o aluno não é detentor de conhecimentos prévios sobre aquilo que vai escrever, terá de ser o professor a fornecer-lhe a informação necessária. Não se pode escrever sobre aquilo que se desconhece! Vários são os autores que defendem que na escola sejam produzidos textos motivantes, que façam sentido para o aluno (Serafini, 1986; Costa, 1989; Albuquerque, 1997; Pinto, 1998…).
Em conclusão, e segundo Duarte (1994), a escrita deve ser precedida de análise de textos, em que se dê atenção a certos fenómenos linguísticos e retóricos e se promovam aprendizagens, para que a redacção do texto pedido surja como aplicação de conhecimentos e técnicas adquiridas, como produto de vários saberes. Aos meus alunos faltou o tempo para praticarem e consolidarem assim o Ciclo de Escrita, uma vez que como já referi este devia ter-se iniciado logo no arranque do ano lectivo.
Raquel do Carmo
30/05/2009