terça-feira, 31 de março de 2009

Especialmente para ti

Para a minha formadora

A ti, Margarida
Que contigo tanto tenho aprendido
Que tens sido o livro
Que eu mais tenho folheado
Livrinho cheio de sabedoria
De conhecimento, de competência
Livro que tantas vezes me dá alento
De onde nascem idéias, projectos
Livro que encerra em si tanto talento!
Nunca encerres as páginas do teu livro
Muitas pessoas deveriam ler-te...
Sobretudo leitores proficientes
Ao menos esses, de algum jeito
retiram da leitura algum proveito!


Com um carinho muito especial aqui fica este pequeno apontamento, que não é mais do que um agradecimento à minha formadora e amiga Margarida Santos.

sábado, 28 de março de 2009

Reflectir para melhorar

Com que propósito reflectimos??

Reflectir
do Lat. reflectere, voltar para trás

v. tr.,
fazer retroceder, desviando da primeira direcção; reproduzir; espelhar; retratar; revelar; repercutir;


v. int.,
pensar maduramente; ter influência; produzir efeito; ponderar; observar; objectar;


v. refl.,
incidir; recair; repercutir-se; transmitir-se.

Informação recolhida em http://www.priberam.pt/


Como podemos verificar à palavra reflectir estão associados diversos significados. Gosto, particularmente, dos sinónimos «pensar maduramente», «ponderar», «espelhar»... As reflexões não se tratam de meras conversas onde relatamos pormenores decorrentes das tutorias, pelo menos não devem ser vistas como tal... Devem ser vistas como momentos que nos levam a pensar maduramente, para ponderar sobre o proveito, a evolução, o contributo que esta ou aquela aula teve para os nossos alunos.

Reflectindo sobre a minha última tutoria, não posso dizer que foi um sucesso... Lá está! Também é necessário que reflictamos com consciência porque nem sempre os ventos correm de feição. Preparei um ppt que me deu muita satisfação elaborar, dado que gosto muito de novas tecnologias.











O objectivo era colocar a turma a argumentar... e argumentaram!!! Argumentaram, de um modo geral, de forma desordenada e pouco justificativa. É claro que os alunos alargaram o campo lexical, pois o próprio ppt levava a isso, o que já é positivo. Mas, lanço aqui uma questão:

Quantas vezes já trabalhámos na nossa sala de aula um texto argumentativo?

Para ser sincera, eu não tinha o hábito de o fazer. Ficamo-nos pelos textos narrativos, às vezes poéticos e pouco mais. Não admira que os nossos meninos não saibam argumentar. Então, reflectimos com que propósito?...

Eu reflicto com o propósito de ponderar, de mudar, de melhorar, de elevar as expectativas dos meus alunos, de fazer por eles o melhor. Nunca é tarde! Não sou melhor, nem pior professora que os demais. Mas sou uma professora que quer marcar, pela positiva, os seus alunos.

Tutoria IX

FICHA DE ACTIVIDADE

PLANIFICAÇÃO

Referência: Oficina Temática O Ensino da Escrita: Desenvolvimento Linguístico - Ensino do Conhecimento Explícito da Língua

Docente: Maria Raquel Nunes do Carmo


Escola: EB2/3 Sec. de Alcains Data:23/03/09 Turma: 6ºE PCA


Nome e breve descrição da actividade:
Texto Argumentativo

Competências e conteúdos programáticos de referência:
• Estimular o uso de estratégias para defender uma posição ou convencer alguém;
• Desenvolver a oralidade;
• Registar, por escrito, o essencial da argumentação.

Referenciais de execução (duração temporal, alunos…)
1. A professora irá apresentar aos alunos um ppt que servirá de guião à actividade que se irá desenvolver. (anexo um)
2. Através do ppt os alunos ficarão a saber que terão de imaginar a seguinte situação:
• Irão embarcar numa aventura imaginária;
• Entrarão num barco com destino a uma ilha na qual irão acampar;
• Cada um dos alunos só poderá levar um objecto;
• Os alunos registam na sua ficha de trabalho o objecto; (anexo dois)

• A meio da viagem o barco irá naufragar;
• Terão que deitar fora todos os objectos e só um deles poderá permanecer no barco;
• Cada aluno irá argumentar, oralmente, sobre as razões que acha serem justificativas para a permanência do seu objecto no barco.
• Os colegas deverão contra-argumentar justificando as suas razões;
• Os alunos registarão, posteriormente, os seus argumentos na ficha de trabalho;
• A professora completará o ppt com as argumentações dos alunos.
A actividade terá a duração aproximada de sessenta minutos e decorrerá no edifício II, com a turma do 6º E PCA.

domingo, 22 de março de 2009

Oficina Temática IX

Bloco Temático: O ensino da escrita

Unidade Temática: Desenvolvimento Linguístico – Ensino do
Conhecimento Explícito da Língua

Oficina Temática 9

SUMÁRIO EXECUTIVO:

11/03/09

1. Debate plenário temático: Desenvolvimento Linguístico – Ensino do Conhecimento Explícito da Língua.
1.1. O que o professor deve saber:
1.1.1. A relação tripartida: desenvolvimento linguístico, aprendizagem da língua e ensino da gramática.
1.1.2. As dimensões do desenvolvimento linguístico
1.1.2.1. Plano fonológico.
1.1.2.2. Plano morfológico.
1.1.2.3. Plano da classe das palavras.
1.1.2.4. Plano sintáctico.
1.1.2.5. Plano lexical e semântico.
1.1.2.6. Plano discursivo e textual.
1.1.3. Mecanismos e princípios de coesão textual.
1.2. O que o aluno deve saber:
1.2.1. O currículo Nacional e o desenvolvimento da competência linguística – Ensino do Conhecimento Explícito.
2. Reflexão grupal e análise participada - Proposta de actividades para o ensino do conhecimento explícito da língua.

sábado, 21 de março de 2009

Oficina de Escrita Criativa

No passado dia 16 de Março a turma do 6ºE participou na Oficina de Escrita Criativa dinamizada pela professora Margarida Santos (formadora PNEP) e pela professora Teresa Henriques (coordenadora da BE/CRE do 1º Ciclo).
A sessão teve como motivação inicial uma actividade de escrita em harmónio. Seguidamente, os alunos foram convidados a dar continuidade a uma história envolta em mistério. Dar largas à imaginação não foi tarefa fácil... Mas, como tudo na vida, há sempre um príncipio. Haja alguém que desenvolva iniciativas como esta. Obrigada às duas dinamizadoras.

sábado, 14 de março de 2009

Reflexão



«Diz-me, e eu esquecerei; ensina-me e eu lembrar-me-ei; envolve-me, e eu aprenderei.»



É com esta citação, de autor desconhecido, que quero aqui deixar a minha reflexão sobre a minha última tutoria com a temática O Ensino da Leitura: Avaliação da Leitura.

Foi através do jogo da teia que os alunos começaram por se envolver nesta actividade, que teve como objectivo a avaliação da compreensão leitora.

Servindo de motivação inicial, o jogo da teia despertou muito interesse nos alunos e permitiu-lhes estabelecer relações lógicas entre grupos de palavras. Cada cartão continha quatro palavras. Uma dessas quatro palavras não se relacionava com as outras, cada aluno tinha que a identificar e explicar a razão para a sua escolha.




Após a motivação inicial, os alunos sentaram-se nos seus lugares e começaram a resolver o teste de avaliação da compreensão leitora. Apesar da actividade anterior ter sido uma actividade lúdica, os alunos mantiveram-se concentrados na resolução do teste.



Ainda houve tempo para cada aluno escrever uma pequena reflexão sobre a actividade. E, como tudo tem uma ligação, uma lógica e uma razão de ser, constatei mais uma vez a importância da consciência fonológica. Reparem nesta reflexão.

É, de facto, interessante ver as diferentes versões que a aluna em questão utilizou para chegar à palavra correcta, sendo ajudada pela professora através de explicações meramente fonológicas. Mas chegou lá! Será que não podemos de um exemplo tão pequeno como este, mas tão rico, tirar nenhuma conclusão? Trabalhamos as temáticas ao acaso? Planificamos hoje esta temática porque tem que ser, porque nos é imposta e depois amarelece dentro de um dossier que nunca mais é aberto? É importante que tomemos consciência. Remetendo para a citação atrás referida, não digamos simplesmente coisas aos nossos alunos por dizer. Temos que os envolver, cativar, fazê-los melhorar a cada dia que passa, progredir, dar-lhes motivos para sorrir.


Já agora... Os resultados do teste de compreensão leitora não foram os melhores. Os meus alunos revelam muitas dificuldades na compreensão daquilo que leêm. É uma turma com características especiais, mas... Fica no ar a dúvida... Fica no ar a sugestão: Comecem o quanto antes... Há muitas temáticas que se podem iniciar logo no Jardim de Infância. Não sou, de modo algum, leiga na matéria. São apenas conclusões que tenho vindo a aferir, fruto das experiências que tenho vivido com a minha turma e, do facto, de também ser mãe de duas crianças em idade pré-escolar.




Tutoria VIII

FICHA DE ACTIVIDADE

PLANIFICAÇÃO

Referência: Oficina Temática: O Ensino da Leitura: Avaliação da Leitura

Docente: Maria Raquel Nunes do Carmo


Escola: EB2/3 Sec. de Alcains Turma: 6ºE PCA Data: 09/03/09


Nome e breve descrição da actividade:
Teste de avaliação de Compreensão Leitora (ACL 4), traduzido de CATALÃ, Glória. Évaluation de la Compreensión lectora. Prubas ACL (1º-6º de primaria), Editorial Grão, de IRIF, SL, 2001.


Competências e conteúdos programáticos de referência:
· Capacidade para compreender, usar e reflectir sobre os textos escritos;
· Desenvolver os seus conhecimentos;
· Compreender inferências, mobilizando informações textuais implícitas e explícitas, e conhecimentos exteriores ao texto;
· Extrair conclusões do que foi lido.


Referenciais de execução (duração temporal, alunos…)
Motivação Inicial
Jogo da teia (anexo um)
A professora desenvolverá com os alunos o jogo da teia que servirá de preparação para o teste de avaliação de compreensão leitora, uma vez que o seu objectivo principal é o aluno identificar palavras que não se enquadram no contexto pedido.
A actividade terá a duração aproximada de quarenta e cinco minutos, com a turma do 6º E do PCA e decorrerá na sala 2.3. do edifício II. A professora dará início à aula dialogando com os alunos sobre a actividade que irá ser
realizada e sobre os seus objectivos. Para exemplificar a professora faz, inicialmente, um pequeno teste à turma.
Os dados da prova serão registados numa grelha (em anexo) e, posteriormente, analisados e tratados.

sábado, 7 de março de 2009

Oficina Temática VIII

Bloco Temático: O ensino da leitura
Unidade Temática: Avaliação da Leitura
Oficina Temática 8
SUMÁRIO EXECUTIVO:
18/02/09
1. Debate plenário temático – A avaliação da leitura.
1.1. O que o professor deve saber:
1.1.1. A relação tripartida: leitura, desempenho de leitura e avaliação.
1.1.2. Etapas de referência de desempenho da leitura.
1.1.3. Medidas e domínios de avaliação da leitura.
1.1.4. Instrumentos para avaliação da leitura.
1.1.4.1 Tipos de instrumentos para avaliação:
A - Decifração/palavras soltas
B – Compreensão de frases
C – Compreensão de textos
1.1.4.2 O processo de construção das provas de avaliação da leitura.
1.2. O que o aluno deve saber:
1.2.1. O currículo Nacional e os níveis de proficiência na leitura – Descritores de desempenho por etapas de escolaridade.
2. Reflexão grupal e análise participada: Proposta de criação de uma oficina para o desenvolvimento e avaliação das competências de leitura.

sexta-feira, 6 de março de 2009

A compreensão leitora

Viajar pela leitura

Viajar pela leitura
sem rumo, sem intenção.
Só para viver a aventura
que é ter um livro nas mãos.
É uma pena que só saiba disso
quem gosta de ler.
Experimente!
Assim sem compromisso,
você vai me entender.
Mergulhe de cabeça
na imaginação!

Clarice Pacheco



Encontrei este poema de uma jovem escritora brasileira que, infelizmente, perdeu a vida aos 13 anos e meio de idade. Achei que seria um bom mote para o assunto sobre o qual gostaria de deixar aqui a minha opinião: a importância da leitura e a compreensão leitora.
Ler é, sem dúvida, uma actividade valiosa que tem o seu peso quer na nossa vida pessoal, quer social. Uma boa aquisição da leitura é, deveras, um óptimo pontapé de saída para o sucesso escolar. No entanto, mais importante do que saber ler é compreender aquilo que se lê. Qual a vantagem em ler um enunciado se não o soubermos interpretar? Qualquer disciplina, seja ela qual for, se prende com a compreensão da Língua. Por exemplo, quantas vezes constatamos que os alunos que revelam dificuldades nesta área, consequentemente, não sabem interpretar uma situação problemática na área de Matemática e, por isso, não solucionam o dito problema? O processo de leitura não se prende tão somente com a descodificação de um código. Aliados a este processo estão, para além da descodificação, a compreensão, a interpretação e a retenção da informação.
Sabemos que ler é uma tarefa que não é fácil. É mais simples e menos trabalhoso ver televisão, ouvir música... Qualquer leitura exige o domínio da língua, requer tempo e conhecimento. Se juntarmos a peças do puzzle PNEP, chegamos à conclusão que nada é em vão. Há pequenos passos que fazem, na vida do aluno, grande diferença: consciência fonológica, motivação inicial, antecipação ao texto, chuva de ideias, mapa conceptual, actividade de pré-leitura, avaliação da compreensão leitora e... muito mais!
A minha próxima tutoria PNEP tem como temática a avaliação da compreensão leitora. Estou entusiasmada, mas ao mesmo tempo ansiosa com os resultados que poderei vir a descobrir. São alunos do 6º ano... Nunca é tarde, mas... Há que repensar as nossas práticas.
Cabe-nos a nós professores, educadores e pais pôr as nossas crianças a ler, motivá-las para a leitura, incentivá-las a frequentar a biblioteca (não só a da escola), proporcionar-lhes a acesso aos livros... Aquele que lê enriquece o seu vocabulário, adquire conhecimento, abre novos horizontes, imagina, sonha, flutua, cresce na escola da vida...